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quarta-feira, 23 de abril de 2014

"Nasa fracassa na busca do planeta (x)" Será mesmo?


Nasa fracassa na busca 
do planeta (x)


A mais completa busca por objetos nas redondezas do Sistema Solar foi concluída. Agora está confirmado que o Sol não tem um planeta gigante desconhecido ou uma estrela companheira orbitando ao redor dele na periferia do sistema. Nossa estrela-mãe definitivamente é solitária, e a contagem de planetas solares não deve mesmo passar de oito.


Satélite de infravermelho Wise fracassou na busca por um novo planeta ao redor do Sol
Satélite de infravermelho Wise não conseguiu encontrar um novo planeta ao redor do Sol

O estudo foi realizado por Kevin Luhman, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, com dados do satélite Wise, da Nasa. Essa espaçonave operou em órbita entre 2010 e 2011, fazendo duas varreduras completas do céu, com um espaço de seis meses entre as duas. Buscando detecções no infravermelho, a sonda era especialmente sensível a objetos menos brilhantes — como seria o caso de um planeta ou de uma estrela modesta na periferia do Sistema Solar.
Para que se tenha uma ideia da grandiosidade do esforço, o Wise catalogou mais de 750 milhões de objetos, de simples asteroides a galáxias distantes. Em novembro do ano passado, a Nasa liberou os dados brutos das duas varreduras para uso público, o que permitiu aos astrônomos não envolvidos com o projeto compará-las e identificar objetos próximos.
A ideia é que, quanto maior o movimento de um objeto de uma imagem para outra (com seis meses de separação), mais próximo de nós ele estaria. (Uma das descobertas mais interessantes feitas por Luhman com dados do Wise através desse método já havia sido mencionada anteriormente peloMensageiro Sideral — uma dupla de anãs marrons a meros 6,5 anos-luz de distância. Para saber mais sobre essas estrelas “abortadas”, clique aqui.)
A dupla de anãs marrons Luhman 16 está a 6,5 anos-luz do Sol
A dupla de anãs marrons Luhman 16 está a 6,5 anos-luz do Sol. Essas existem mesmo.
Comparando as duas varreduras, o pesquisador saiu em busca do famoso “Planeta X” — velho apelido dado a um objeto de porte planetário que pudesse se esconder nas profundezas do Sistema Solar. Voltou de mãos vazias.
BUSCA HISTÓRICA
A noção de que um planeta gigante além de Netuno pudesse existir é mais velha que andar para a frente. Um de seus maiores proponentes foi Percival Lowell, o rico astrônomo americano que cismou com os (hoje sabemos) fictícios “canais de Marte”. No início do século 20, ele também instigou em seu observatório particular, no Arizona, a busca pelo “Planeta X”. Lá, em 1930, Clyde Tombaugh encontrou Plutão, que todos de início pensaram ser o tal “X”. Acabou que ele era pequeno demais para ser o objeto procurado. E hoje sabemos que Plutão nem planeta é, sendo parte de um cinturão de objetos além da órbita netuniana.
A busca, entretanto, não cessou, e acabou acirrada por hipóteses que procuravam explicar uma estranha periodicidade observada no histórico de crateras da Terra e da Lua. Nas últimas duas décadas, surgiram ideias como a de Nêmesis (uma possível anã vermelha numa órbita lenta e distante ao redor do Sol, periodicamente atirando cometas na direção do interior do Sistema Solar) e de Tyche (uma proposta similar, mas envolvendo um planeta gigante ou uma anã marrom no lugar de uma anã vermelha).
Com a análise dos dados do Wise feita por Luhman, essas hipóteses foram afastadas de forma definitiva, para a tristeza de seus entusiastas. Agora é certo que não há objeto maior que Saturno a uma distância de até 10 mil unidades astronômicas do Sol (1 UA é a distância média da Terra ao Sol, cerca de 150 milhões de quilômetros). Se formos procurar algo maior do que Júpiter, podemos estender esse raio a até 26 mil UA. Para que se tenha uma ideia da enormidade que isso significa, Plutão está a modestas 40 unidades astronômicas do Sol. (Um ano-luz, para quem ficou curioso, equivale a cerca de 63 mil UA.)
“O Sistema Solar exterior provavelmente não contém um planeta gigante gasoso grande ou uma pequena estrela companheira”, afirma Luhman.
Seu trabalho, publicado no periódico “Astrophysical Journal”, também ajuda a descartar lendas urbanas pseudocientíficas, como a história do “Segundo Sol” ou a do famoso (ou seria infame?) planeta Nibiru (que o Mensageiro Sideral mesmo já havia colocado para dormir em outra ocasião).
Ao que tudo indica, podemos passar a régua no Sistema Solar: uma estrela anã amarela, oito planetas, dois cinturões (o de asteroides entre Marte e Júpiter e o de Kuiper, além de Netuno) e uma nuvem de detritos (a chamada nuvem de Oort, localizada a cerca de 1 ano-luz de distância).

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