Cientistas querem criar 'fábrica de órgãos' para facilitar transplantes
Pesquisadores ingleses desenvolvem narizes e orelhas em laboratório.
Objetivo é ajudar pessoas que perderam órgãos após doenças.
O pesquisador Alexander Seifalian posa para fotografia com um nariz sintético, que poderá ser utilizado em breve em humanos (Foto: Matt Dunham/AP) |
Pesquisadores da University College of London, no Reino Unido, querem montar uma “fábrica de órgãos” com o objetivo de auxiliar pessoas que necessitam substituir quaisquer partes do corpo afetadas por alguma doença.
Uma das iniciativas é conduzida por Alexander Seifalian. Em 2013, ele e sua equipe produziram um nariz para um britânico, após o órgão ter sido afetado por um câncer.
O molde foi feito com a ajuda de uma solução de sal e açúcar, para imitar a textura esponjosa de um nariz real. As células-tronco utilizadas foram retiradas da gordura do paciente e cultivadas duas semanas antes de ser aplicada no órgão, implantado no antebraço do paciente até que autoridades reguladoras do Reino Unido permitam o transplante.
"É como fazer um bolo, só que usando um tipo de forno diferente", explica Alexander.
"É como fazer um bolo, só que usando um tipo de forno diferente", explica Alexander.
Engenharia de tecidos e órgãos
O trabalho é promissor, tanto que nesta terça-feira (8) o pesquisador se encontra com o prefeito de Londres, Boris Johnson, que vai anunciar uma iniciativa para atrair investimentos aos setores de saúde e ciência da Grã-Bretanha.
O trabalho é promissor, tanto que nesta terça-feira (8) o pesquisador se encontra com o prefeito de Londres, Boris Johnson, que vai anunciar uma iniciativa para atrair investimentos aos setores de saúde e ciência da Grã-Bretanha.
O objetivo é estimular o desenvolvimento comercial da pesquisa pioneira.
Outros cientistas, também envolvidos nesse trabalho, afirmam que a produção de determinados órgãos vai, em breve, abandonar o status de experimental.
“Estou convencida de que a engenharia de órgãos vai estar logo no mercado”, afirma Suchitra Sumitran-Holgersson, professora da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e responsável por transplantes de vasos sanguíneos laboratoriais.
Outros cientistas, também envolvidos nesse trabalho, afirmam que a produção de determinados órgãos vai, em breve, abandonar o status de experimental.
“Estou convencida de que a engenharia de órgãos vai estar logo no mercado”, afirma Suchitra Sumitran-Holgersson, professora da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e responsável por transplantes de vasos sanguíneos laboratoriais.
Engenharia de tecidos e órgãos é setor que tem crescido no mundo e está em desenvolvimento em diversas universidades (Foto: Matt Dunham/AP) |
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